domingo, 25 de abril de 2010

A Maldita Teologia da Prosperidade.

Há muito tempo me reservo de escrever sobre esse polêmico assunto, visto que minhas posições teológicas, sempre me afastaram de dar créditos a tal argumento, e sempre tive a concepção de que este movimento tem que ser esquecido por toda a cristandade, sendo que, quanto menos fosse argumentado, mais iria se extinguir das principais discussões que movimenta a academia teológica brasileira, ou seja, em minha opinião este assunto tinha que ser ignorado por completo, pois não é digno nem de ser abordado. Mas pessoalmente, nunca deixei de dar algumas “singelas alfinetadas”, quando tenho oportunidade se expressar diante de seu público. Mas como todo estudante de teologia, não consegui manter por muito tempo esta postura e resolvi lançar aqui uma serie artigos apologéticos, com o intuito de proporcionar algumas ferramentas úteis para nossos leitores.

O movimento da “prosperidade” também chamado “confissão positiva”, “palavra da fé”, “movimento da fé”, “evangelho da saúde e da prosperidade” ou simplesmente “Teologia da Prosperidade”, foi popularmente difundido pelo norte americano Kenneth Hagin, a partir da década de 70, e logo tomou a America do Norte e conseqüentemente os demais Continentes. Atualmente no Brasil tem como seu grande expoente algumas Igrejas Pentecostais e todas as Neo-pentecostais, entre seus disseminadores destacam-se os grandes lideres, o Missionário RR Soares (Romildo Ribeiro Soares) e O Bispo Edir Macedo, não menos importante atualmente, ainda temos a figura dos Apóstolos: Estevam Hernandes, Waldemiro Santiago, Sergio Lopes, dos Bispos: Paulo Moura, Robson Rodovalho, e alguns pastores Pentecostais (não abertamente) como Silas Malafaia, Samuel Ferreira, Samuel Câmara entre outros.

O raciocínio base desta teologia é que existe uma graça “humanamente irresistível” que faz com que Deus seja obrigado a abençoar todos aqueles que se mantêm fiel aos seus propósitos, ou seja, Deus é obrigado a realizar os desejos pessoais de todos aqueles que lhe obedecem. Sendo que todos aqueles que vivem uma vida miserável é porque esta em desobediência com a vontade Divina.

Felizmente este raciocínio não se mantém de pé após a mais simples análise. Todavia tem levantado muitos adeptos por causa de sua mensagem triunfante que massageia o ego de todos aqueles que mantêm ambições matérias.

Hoje não existem dados confiáveis que nos revela a profundidade do abismo em que se lançou a Igreja Cristã. Muitos são cativados pelo ganho pessoal que esta teologia leva. O que visivelmente podemos constatar é a grande audiência nos cultos ministrados nestas denominações, em contrapartida temos a grande ausência nos templos ortodoxos.

Mas deixamos aqui, neste primeiro “post”, a grande pergunta, “Há muito tempo tem se falado que a grande rotatividade causada pela frustração nestas denominações iria ser o grande destruidor deste movimento”

Então perguntamos:

Se a afirmação comentada acima é verdadeira, porque este movimento ainda esta de pé após quase quatro décadas de ensinos fraudulentos?

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Fernando Pessoa.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo…